O menino bom era tão comum, ao olhar não se via nada de diferente dos outros meninos, na verdade o menino bom não era diferente de você, o menino bom não se sentia melhor que ninguém por ser bom, porque ser bom não é ter nada, é apenas ser e o menino era!

E toda vez que ele fazia o bem sentia dentro de si uma enorme felicidade e compartilhava com todos os outros meninos, com todas as crianças, com todas as pessoas, ele era tão bom, que queria que todo mundo sentisse o bem que faz ser justo.

O menino bom sentia gratidão em poder ajudar o próximo, ele sempre pensava e se colocava no lugar do outro, o menino nos ensinou que nós poderíamos errar, mas nunca podemos desistir de aprender, porque o erro também nos ensina, basta assumir nossas falhas, pedir perdão e também saber perdoar, porque podemos errar de novo, mas sempre tendo a certeza de que até errando teremos sempre o que aprender.

Os outros meninos, as outras crianças e as pessoas grandes achavam que ser bom era difícil, que fazer bem precisaria de algo muito grande, mas não é verdade. O bem não tem tamanho, é bom e pronto, o bem se faz toda hora, todo dia, a cada instante.

O menino bom fazia o bem só de olhar com o sorriso, ao cumprimentar, ao dar licença ao pedir licença, ao ouvir e esperar para falar, ao estender a mão ao invés de virar as costas, ao pensar sempre no outro e jamais querer magoar ou ferir alguém.

O menino bom mostrou para as crianças e para o mundo todo que ser bom, não faz bem só para o outro, faz bem para nós mesmos, que fazer o bem sem querer nada em troca é o bem de verdade, fazer o bem apenas por ser o bem e mais nada.

O menino bom cresceu e o mundo inteiro o conheceu e até hoje celebra por ter o conhecido, saber da sua vida, da sua história e poder aprender todo dia com um menino, que virou homem, mas que antes de crescer era criança assim como você.


Autora: Carolina Rodrigues da Silva Souza