10 ações eficazes para aumentar a autoestima de seus alunos

Autoestima refere-se às crenças que uma pessoa tem sobre seu próprio valor. Muitos psicólogos concordam que esse é um fator determinante para se ter uma personalidade saudável e uma boa definição é "apreciação ou consideração que se tem de si mesmo". Quando nos sentimos confortáveis ​​como somos e nos respeitamos, desfrutamos mais a vida e alcançamos tudo o que nos propusemos a fazer. Ter alta autoestima é importante porque influencia muito as decisões que tomamos. Em outras palavras, tem uma função motivacional que permite que as pessoas se cuidem e explorem todo o seu potencial.

Aqueles com uma forte autoestima trabalham persistentemente para cumprir seus objetivos e aspirações pessoais. Um indivíduo com alto valor próprio também possui um alto nível de autoconhecimento, isto é, está ciente de suas maiores forças e habilidades, bem como de suas limitações e fraquezas. Isso é especialmente útil ao definir metas, pois permite que você seja mais objetivo quanto à viabilidade do que deseja alcançar. Ele se aceita como é, mesmo com seus defeitos e sabe que o importante é cercar-se de pessoas com as características que lhe faltam. Ele reconhece que trabalhar em equipe vai além, portanto, não se cala, mas aprende a pedir ajuda quando necessário.

Quando amamos e valorizamos a nós mesmos, nossas vidas prosperam, nos sentimos melhor, temos acesso a melhores oportunidades, nos cercamos de pessoas positivas, que agregam valor às nossas vidas e nos afastamos de amizades tóxicas. Existem muitas razões pelas quais é importante ter uma autoestima saudável, mas sem dúvida a principal é que ela nos permite aproveitar a vida com plenitude e liberdade, focando no positivo. Daí a importância de ter estratégias que melhorem a autoestima positiva de nossos alunos para uma educação abrangente.

Um professor pode aumentar a autoestima em seus alunos?

A resposta a esta pergunta é um retumbante sim. Mas antes é essencial definir o conceito de autoestima.

Segundo o livro de Joan Vaello, a autoestima pode ser considerada como o grau de satisfação associado ao conceito de si mesmo, ou seja, se sentir bem consigo mesmo. A autoestima, também nas palavras de Joan Vaello, está ligada a duas necessidades básicas:

- Esteja ciente de que alguém vale algo (sucesso).

- Esteja ciente de que alguém vale a pena para alguém (reconhecimento).

Sucesso e reconhecimento, devem ser concebidos como chaves quando se fala em autoestima.

Estratégias para aumentar a autoestima na sala de aula.

1- Mantenha contato fluente com o aluno, ou seja, converse periodicamente com ele, descubra o que ele é capaz de fazer e o que ele está disposto a fazer, evitando sempre a abordagem competitiva.

2- Faça com que eles acreditem que podem, ou seja, influenciar o que é entendido pela capacidade acreditada mais do que a capacidade real.

3- Adapte os objetivos e a dificuldade das tarefas às suas possibilidades.

4- Trabalhe em conjunto com o aluno o que é entendido por abordagens progressivas, ou seja, que cada um dos esforços realizados pelo aluno sirva para conscientizá-lo de que está progredindo, de que está se superando dia após dia.

5- Saiba o que pode e o que não pode ser feito e uma vez conhecido, garanta que o aluno se sinta seguro, respeitado e aceito por ele e por outros colegas de classe.

6- Faça o aluno ver que o erro é mais uma forma de aprendizado, ou seja, que com o erro nunca se retrocede, mas avança e aprende algo com ele. Também é importante que o erro não envolva a imposição de certos rótulos ou preconceitos.

7- Promover positivamente a participação e intervenções de classe.

8- Aprimore reforços verbais, como comentários lisonjeiros, piadas, senso de humor, chamada pelo nome, conversa amigável...

9- Aprimore reforços não verbais, como proximidade, contato visual, expressões faciais que denotam aprovação, mostrando satisfação pela pessoa e não pelo aluno, apreciação...

10- Trabalhe uma linguagem positiva através do que é chamado de autoafirmações positivas.

Estas são algumas das propostas que Joan Vaello apresenta para aumentar a auto-estima. Essas são as ações que qualquer professor pode realizar, desde que tenha tempo na aula. E é aí que reside a grande questão:

Onde encontro tempo na sala de aula para trabalhar na autoestima?

Tempo na sala de aula como aliado ou inimigo para trabalhar autoestima.

Embora o conselho de Joan Vaello seja tão prático quanto valioso, há um aspecto que é crucial para aumentar a autoestima dos alunos; o tempo disponível.

O grande problema que os professores enfrentam ao trabalhar com certas habilidades emocionais na sala de aula é que se sentem incapazes de ensiná-los porque não têm tempo. E ele não tem tempo, talvez porque o tipo de aula que ele ministra é basicamente unidirecional, onde ele fala e seus alunos ouvem. Com essa maneira de ensinar, é muito difícil encontrar um momento em sala de aula para trabalhar aspectos emocionais.

Portanto, é necessária uma mudança metodológica para possibilitar uma mudança emocional. É isso que eu entendo passando da Escola do Fazer para a Escola do Ser. Uma Escola do Ser, onde a unidirecionalidade no ensino é substituída pela bidirecionalidade entre aluno e professor; onde você trabalha cooperativamente para que o aluno possa aprender por si e por outros alunos; onde o processo de ensino vale mais que meros resultados acadêmicos e onde o uso do poder não é necessário porque existe autoridade suficiente.

Só podemos incorporar educação emocional nas salas de aula quando paramos de ver o tempo como um inimigo, em vez de vê-lo como um aliado. Porque, ao transformar o tempo na sala de aula, poderemos ensinar com emoção a partir de emoção. Porque a educação é tempo...

Fonte: justificaturesuesta.com